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Palestra do Setembro Amarelo mostrou que o assunto não deve ser tratado como tabu
Suicídio é um assunto que precisa ser amplamente debatido, por isso, durante o Setembro Amarelo do Instituto Saúde e Cidadania – ISAC, colaboradores da Unidade de Pronto Atendimento – UPA e Hospital Municipal de Araguaína – HMA assistiram, na última segunda-feira, 17, a palestra “Por que falar de Suicídio”, com a Professora Mestre da Faculdade Católica Dom Orione e também psicóloga, Carmen Hannud.
“Hoje vemos em nossos jovens um índice muito alto de tentativas de suicídio. Acabamos recebendo muitos adolescentes na UPA que tentaram ou se mutilaram, então a gente tem que aprender a recebê-los, a saber acolher e para onde encaminhar”, explicou a coordenadora administrativa da UPA, Sivanilda Mariano.
A palestra
Durante o bate papo foi abordado o comportamento daqueles que tentam suicídio, a incidência entre os jovens, adultos e idosos, formas de identificar um potencial suicida e os tratamentos na rede pública de saúde.
“O suicídio é um fenômeno psicossocial que tem estado em evidência principalmente aqui no Tocantins. É uma questão de saúde pública, por isso a importância de debater esse assunto de maneira adequada e informar a população. É preciso também trabalhar a prevenção desse fenômeno e promover a saúde para o enfrentamento do mesmo”, destacou a palestrante.
A auxiliar administrativa da UPA, Talita Gomes, destacou a importância da existência de pessoas que se importam com esse assunto tão delicado. “O suicídio desencadeia vários outros problemas juntos. A pessoa que se mata está dando fim à própria vida e a de outras pessoas, então é muito importante que tratemos desse assunto”, pontuou Talita.
Não esconda, fale!
“É preciso falar do suicídio, mesmo que o assunto seja tabu para alguns. Essa barreira precisa cair e, quando esse último muro for derrubado, muitas vidas poderão ser salvas”. A mensagem atingiu em cheio a recepcionista do HMA, Mariana Pereira.
“Precisamos apoiar as pessoas, amar mais, dar atenção. Para evitar casos de suicídio, aprendemos que devemos tentar uma aproximação maior com as pessoas”, reforçou Mariana.
Dados
Segundo o Ministério da Saúde, 11 mil pessoas morrem em decorrência de suicídios todos os anos no Brasil. 79% são homens, 21% são mulheres.